A viagem à América do Sul em 1929 foi essencial para a correção que se nota em seu racionalismo, a partir de 1930. Le Corbusier entregou-se não somente aos braços de Josephine Baker, com quem viajou no mesmo navio, mas deixou-se inebriar pelas montanhas do Rio e pelo curso sinuoso dos rios que viu, ao inaugurar a primeira linha de aviação comercial aérea, em viagem de Assunção para São Paulo pilotada pelo autor Saint-Éxupery.
Diferentemente do plano urbanístico que fez para Buenos Aires, Montevidéu e São Paulo, o desenho sinuoso dos prédios projetados para o Rio de Janeiro marca o início da segunda fase de Le Corbusier. Chamada de maneirista pelo crítico americano Charles Jencks, esta fase vem a influenciar de forma decisiva a opção modernista dos brasileiros de resgatar o passado colonial e mediterrâneo.
Le Corbusier voltaria poucos anos mais tarde ao Brasil para dirigir o projeto da sede do Ministério da Educação e Cultura, no Rio de Janeiro, em 1936. Entre os arquitetos que trabalhavam com Le Corbusier no primeiro arranha-céu modernista da história estavam Lúcio Costa, Afonso Eduardo Reidy e Oscar Niemeyer.
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